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Sopro D'Água - Itamaracá - mar-161.jpg
Ecoperformance e Fotoperformance

Ao longo do processo de criação de Sopro d’Água, as memórias-sensações constantemente se transformavam em memórias-imagens. Esse transmutar das memórias-imagens que me tomavam fez com que as imagens se tornassem: rastros do processo de criação, estratégia para compor e a própria composição em si.

 

Em diversas fases do processo, as ecoperformances se transfiguraram em fotoperformances, nas versões Diluindo-me em rio-cachoeira e Desaguando em mar. Estes experimentos e versões de Sopro d’Água transformaram, a relação da obra com a imagem, transmutando de estratégias de composição para ser a criação em si.

As versões Diluindo-me em rio-cachoeira e Desaguando em mar foram criações articuladas entre dança, performance e fotografia. Em ambas as criações, eu dancei em estado de fluxo, guiada por uma relação diluída com o ambiente, pelos fluxos corpo-ambiente. Este dançar não era apenas testemunhado pelo ambiente, como acontecia anteriormente nos Laboratórios Água-corpo-ambiente, mas também pelo olhar das fotógrafas Thais Lima e Aline van der Linden. Através dessas duas ações performativas, Sopro d’Água se (de)compôs para se (re)compor, transfigurando-se de ecoperformance em fotoperformance, a partir da diluição das linguagens artísticas e das (co)criadoras.

 

Em ambas versões de fotoperformances criadas, percebi a composição da imagem, não como pausa do fluxo, mas como modo de manter em suspensão o instante do fluxo, continuando pulsante, ao se transfigurar para a imagem. Ao sustentar o fluxo e trazer para o tempo presente a ação da imagem, as fotoperformances de Sopro d’Água presentificam o fluxo a todo instante, através da imagem, e esse fato destaca a dimensão atemporal do estado de fluxo, capaz de conectar diferentes espaços e tempos.

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Sopro_D'Água_-_Praia_-_desague-3.jpg

Conteúdo criado por Gabriela Holanda. Fotos: Thais Lima e Aline Van der Linden. Direitos reservados às artistas.

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